O Cenário que o Brasil passou em 2015 e deverá passar em 2016 aumentará muito o número de empresas que entrarão em Recuperação Judicial.

Caso a necessidade de pedir uma RJ seja eminente, é importante citar que nos EUA, por exemplo, os casos de Sucesso das Recuperações Judiciais são bem mais elevados que no Brasil. Não por conta da Justiça Americana ser mais ágil, mas por haver um Planejamento prévio à entrada com a documentação da RJ.

Percebe-se que os Planos de Recuperação Judicial no Brasil, em sua maioria, visam apenas o subterfúgio para ganhar tempo e não a continuação da empresa. Não por culpa do corpo jurídico que prepara todo o processo, mas porque muitas vezes os Empresários não sabem a causa que os levou a tal situação e nem sequer possuem um Planejamento para o que chamamos de “Solução de Continuidade” após a entrada com a Recuperação Judicial.

Prova disso são os dados de Instituições como Harvard Business School, Serasa, Boa Vista SCPC.

Segundo a Boa Vista SCPC, no Brasil, em 2015:

  • As falências aumentaram 16,4%;
  • Houve crescimento de 51% nos pedidos de recuperações judiciais;

Um estudo da Harvard business School envolvendo 350 processos de recuperação nos EUA concluiu que apenas 11% acabaram em falência, enquanto 89% permanecem em atividade, sendo 68% em decorrência de um Plano de Recuperação e 21% da venda de ativos enquanto que no Brasil, segundo o SERASA, apenas 1% consegue se recuperar.

Ou seja, 99% das Recuperações Judiciais do Brasil não são bem sucedidas. Falta um Diagnóstico assertivo e um Planejamento Estratégico aliado a uma Gestão eficaz em todas as áreas da empresa. Nesta fase, ações drásticas devem ser tomadas e com urgência. E como a maioria das empesas tem perfil familiar e por consequência pouco profissional, não há Plano tampouco Gestão, então o resultado não acontece.

É ilusão crer que a cabeça gestora que levou a empresa ao colapso poderá tirá-la de lá. Já diz o ditado: “Nada muda se você não mudar”. Isso não pressupõe que nesses casos os Sócios devam sair da empresa, mas que a Estratégia adotada até então esteja errada, se é que existe. E a falta de evolução da Gestão e da Estrutura provavelmente não contribuiu para o Sucesso.

A Smart Company tem as ferramentas adequadas para criar a Estratégia aliada a um modelo de Gestão eficaz e no formato Taylor Made para a empresa, e quando iniciado antes do processo de Recuperação Judicial (ponderando inclusive a necessidade de recursos para captação), as chances de êxito aumentam.